Congresso

Apoiadores do MST são "vítimas de doutrinação em escolas", diz deputada

A fala da deputada Caroline de Toni (PL-SC) foi vaiada por parlamentares e parte da audiência durante a primeira sessão da CPI do MST, nesta terça-feira (23/5)

Victor Correia
postado em 23/05/2023 17:29 / atualizado em 23/05/2023 17:32
 (crédito: Victor Correia/CB/DA.Press )
(crédito: Victor Correia/CB/DA.Press )

Na primeira sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) declarou que apoiadores do movimento são "vítimas de uma doutrinação em sala de aula". A fala foi recebida com vaias por parte dos parlamentares e da audiência.

O comentário foi uma resposta à deputada Camila Jara (PT-MS), que citou um grupo de estudantes que assistia à sessão, defendendo que eles sabiam da importância do movimento rural.

"Eu não estou criticando vocês, vocês também são vítimas de uma doutrinação que está sendo praticada dentro das escolas", disse Caroline, que discursou logo depois. A fala foi recebida com vaias por parte da audiência.

Logo em seguida, porém, a deputada do PL rebateu outra fala de Camila Jara. "Esta chamando o agronegócio de assassino. Nosso agronegócio alimenta um bilhão de pessoas ao redor do mundo. E o MST? Cadê as estatísticas que eles tanto falam?", questionou a parlamentar, sendo aplaudida por colegas e presentes.

Com plenário lotado, a CPI apresenta hoje o seu plano de trabalho, com disputa entre os parlamentares da base governista, que defendem o MST, e os da oposição, que querem a investigação de possíveis atos criminosos pelo movimento. A sessão é palco para brigas e conflitos entre os parlamentares.

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