O começo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar supostas irregularidades na relação do governo com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) mostrou o clima e a temperatura que a comissão terá. Durante a reunião nesta terça-feira (23/5), deputados governistas aproveitaram para trazer e expor produtos produzidos pelo MST.
A deputada Camila Jara (PT-MS) serviu ao relator da CPI, o deputado Ricardo Salles (PL-SP) um suco de uva produzido pelo movimento.
O conhecimento liberta e fiz questão de servir suco de uva produzido pela agricultura familiar aos nobres deputados da CPI do MST. Um momento sublime, até @rsallesmma não pôde negar que é delicioso! Vamos mostrar nessa CPI pq o Brasil precisa do @MST_Oficial e da Reforma Agrária! pic.twitter.com/Y8FnDMZk5S
— Camila Jara (@camilajarams) May 23, 2023
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Acompanhe a comissão ao vivo:
Já deputados governistas criticaram o plano de trabalho de Salles. O entendimento da base é que ele tenta condenar o movimento antes mesmo do desfecho da CPI.
Após o deputado delegado Éder Mauro (PL-PA) definir os integrantes do MST como “bandidos” e “marginais”, parlamentares governistas retrucaram. Sâmia Bonfim (PSol-SP) disse que “marginal é defensor de torturador”, em referência a posicionamentos de políticos bolsonaristas e do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O deputado Valmir Assunção (PT-BA) chegou a dar tapa na mesa para retrucar Éder Mauro. “Eu não sou marginal, não vou admitir. Sou deputado também e não vou assumir que me chamem de marginal.”
Na sequência, o bolsonarista ironizou Assunção: “Está bom, não pode falar que o MST é de marginal e de bandido, gente”.
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