A Amazônia esteve presente na pauta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante viagem à Hiroshima, no Japão. Em discurso de encerramento do G7, em que fez um balanço do evento, o presidente assumiu o compromisso de acabar com o desmatamento na região até 2030 e anunciou que fará uma reunião com outros países amazônicos para discutir a preservação da floresta.
“Vamos ter em agosto uma reunião com oito países amazônicos, todos os países da América do Sul que fazem parte da Amazônia. Vamos fazer um encontro para tentar firmar uma política unificada dos países amazônicos e ver qual a política que vamos ter para os indígenas, porque, na verdade, com uma política séria para evitar o desmatamento e controlar as nossas florestas, os indígenas podem ser efetivamente os grandes guardiões da floresta”, declarou Lula.
O presidente afirmou ainda que o Brasil tem autoridade para falar sobre mudanças climáticas com outros países do mundo e que a ideia não é fazer da Amazônia um santuário, mas sim entender as peculiaridades e necessidades de uma região onde vivem “28 milhões de pessoas e essas pessoas têm o direito de viver, de trabalhar, de comer, de ter acesso aos bens materiais que todos nós queremos ter”.
“Por isso nós precisamos explorar, não desmatando. Explorar a riqueza da biodiversidade da Amazônia para saber se a gente pode, inclusive, extrair a possibilidade de desenvolver uma indústria de fármacos, uma indústria de cosméticos, para gerar empregos limpos para que a Amazônia possa sobreviver e para que a humanidade possa sobreviver”, ressaltou.
Na Amazônia moram 28 milhões de pessoas. E essas pessoas têm o direito de trabalhar, comer. Por isso, precisamos ter o direito de explorar a diversidade da Amazônia, para gerar empregos limpos, para que a Amazônia e a humanidade possam sobreviver.
— Lula (@LulaOficial) May 21, 2023
Encontro com outros países para preservar o meio ambiente
Lula revelou durante o discurso que fará também um encontro com a Indonésia e o Congo para "discutir sobre a questão da floresta da Indonésia e do Congo, para que a gente possa, enquanto o mundo que ainda tem floresta, oferecer para o mundo uma possibilidade de tratar seriamente a manutenção dessas florestas”.
Para que a preservação dessas florestas seja possível, Lula disse que “o mundo rico” precisa contribuir. “As pessoas falam que vão doar 100 bilhões de dólares ao ano para que os países em desenvolvimento possam preservar a natureza. Nós estamos aguardando. Obviamente que tem o Fundo Amazônia, que foi criado com a Noruega e com a Alemanha e os Estados Unidos ofereceu 500 milhões há alguns dias, a Inglaterra também ofereceu 500 milhões, mas ainda falta muito para os 100 bilhões que eles estão prometendo”, cobrou.
“De qualquer forma, o Brasil vai fazer por conta própria aquilo que o Brasil tem que fazer. Preservar a Amazônia é dever e responsabilidade do povo brasileiro, é o que o Brasil pode oferecer ao mundo, é tranquilidade de que a nossa Amazônia não vai ser extinta”, garantiu Lula.
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