Em encontro com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Kristalina Georgieva, neste sábado (20/5), na cúpula do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ajuda ao credor global para intervir na crise econômica que há anos assombra a Argentina.
O principal tema da pauta foi o impacto da pandemia da covid-19 sobre os países mais pobres do mundo. Durante a reunião, Lula e Georgieva concordaram que os sistemas financeiros dos países afetados precisam de fundos que os ajudem no processo de recuperação. “Ponto necessário no equilíbrio regional da América do Sul, a situação da economia argentina também foi abordada pelo presidente Lula com a diretora-gerente do FMI”, destacou o governo, em nota.
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Em seu primeiro discurso, Lula cobrou o FMI por mais sensibilidade em relação às “consequências sociais” dos ajustes fiscais em países endividados. “O endividamento externo de muitos países, que vitimou o Brasil no passado e hoje assola a Argentina, é causa de desigualdade gritante e crescente, e requer do Fundo Monetário Internacional que considere as consequências sociais das políticas de ajuste.”
Diante do quadro, Lula elegeu como uma de suas prioridades, nos encontros com os líderes, tentar ajudar a Argentina a renegociar as condições do empréstimo de US$ 44,5 bilhões contraído com FMI em 2018.
No começo deste mês, durante um encontro em Brasília com o presidente argentino Alberto Fernández, Lula manifestou a intenção de buscar soluções que garantam a segurança dos empresários brasileiros que exportam para o país vizinho. A situação do país, com reservas em dólar reduzidas, tem gerado dificuldades para cumprir com essas transações comerciais.
Em reunião dos ministros de Finanças do G7, também no início deste mês, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ajuda ao Tesouro americano para que considerasse a situação argentina, pois a expectativa é de que a crise seja agravada por uma seca histórica, que ameaça derrubar em 20% as exportações.
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