Congresso

Dallagnol faz passeata nas ruas de Curitiba contra a cassação de mandato

Eleito com votação recorde de 344 mil votos, o ex-procurador da Lava Jato foi cassado por conta da Lei da Ficha Limpa pelo TSE, na última terça

Taísa Medeiros
postado em 19/05/2023 17:17 / atualizado em 19/05/2023 17:40
 (crédito: Reprodução/Twitter)
(crédito: Reprodução/Twitter)

No início da tarde desta sexta-feira (19/5), Deltan Dallagnol (Podemos-PR) realizou uma passeata em um carro de som pelas ruas de Curitiba, capital do Paraná, para manifestar-se contra a cassação do mandato dele como deputado federal. A decisão foi tomada por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última terça-feira (16/5).

Em vídeos que circularam nas redes sociais, antes mesmo da própria equipe de Deltan divulgar o encontro, o parlamentar aparece em cima de um carro de som, com a faixa “juntos com Deltan”. Ao lado dele, alguns aliados lavajatistas discursam. Em um dos trechos divulgados, um homem diz que “na última terça-feira o Brasil não dormiu, o Paraná ficou sem chão. 345 mil votos jogados no lixo, e quem jogou no lixo são os criminosos que tomaram o Brasil. São aqueles que estão querendo nos calar”.

A recepção estava planejada para ocorrer a partir das 10h. Na internet, opositores do paranaense fizeram piada com o que chamaram de “marcha fúnebre”. O deputado André Janones (Avante-MG) chegou a fazer uma enquete: “Vocês dormiram bem na última terça-feira?”, com duas opções de resposta: “sim, dormi muito bem” e “não dormi”.

O senador Humberto Costa (PT-PE) também repercutiu os vídeos de Deltan. “Os bolsonaristas não podem ver uma vergonha que já querem passar. Deltan Dallagnol decidiu fazer uma passeata nas ruas de Curitiba contra a cassação de seu mandato, mas não comoveu ninguém”, escreveu.

O relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, afirmou que Dallagnol cometeu uma "fraude" à Lei da Ficha Limpa ao pedir exoneração do Ministério Público Federal (MPF) 11 meses antes das eleições, enquanto enfrentava processos internos no MPF que poderiam levar à sua demissão — e, em consequência, à sua inelegibilidade.

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