CRÍTICAS

Bolsonaro sobre Lula: "Ele está governando com o fígado"

Sem citar o nome do presidente Lula, Bolsonaro descartou a possibilidade de ser preso, com a justificativa de que "precisaria ter feito pelo menos 10% do que ele fez"

Correio Braziliense
postado em 19/05/2023 10:41 / atualizado em 19/05/2023 10:43
 (crédito: Alan Santos/PR)
(crédito: Alan Santos/PR)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desferiu novas críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista à Veja, divulgada na noite desta quinta-feira (18/5), Bolsonaro afirmou que Lula "está governando com o fígado". "É uma figura senil, ultrapassada. Até o momento, a preocupação dele é dizer que pegou um país destruído. É só a gente ficar quieto que ele faz a nossa campanha para o futuro", disse.

Além disso, sem citar o nome do presidente Lula, Bolsonaro descartou a possibilidade de ser preso, com a justificativa de que "precisaria ter feito pelo menos 10% do que ele fez". "E eu fiz 0%. Algumas pessoas importantes, não vou dizer os nomes, já diziam antes de acabar o governo que querem me prender. Uma prisão light, apenas para me carimbar com a pecha de ex-presidiário", comentou o político.

Investigação

Na terça-feira (16/5), Bolsonaro prestou depoimento à PF sobre o suposto esquema de falsificação no cartão de vacina. O ex-chefe do Executivo foi questionado sobre conversas recolhidas no celular de seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e dele próprio, que foram apreendidos na Operação Venire, da Polícia Federal, no Distrito Federal. Bolsonaro negou qualquer envolvimento com irregularidades.

Em abril, ele depôs sobre o caso das joias sauditas. Bolsonaro é suspeito de se apropriar de pelo menos três lotes de joias doadas pelo governo da Arábia Saudita, em 2021. Os objetos foram devolvidos por ele após sair da Presidência por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

Parte das joias seria para a então primeira dama, Michelle Bolsonaro. No entanto, foram apreendidas pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O governo, durante a gestão do ex-presidente, mobilizou militares das Forças Armadas, a cúpula da Receita e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para tentar pegar as pedras preciosas.

À Veja, Bolsonaro afirmou que só soube das joias entre o final de novembro e início de dezembro. "Quando soube, paguei missão, deve ter sido para o Cid: 'Vê se pode recuperar'. Depois vimos que tinha um ofício do MME (Ministério de Minas e Energia) buscando recuperar na Receita, então não foi nada no grito. Tem ofício, e-mail, tudo. Entrou também o meu chefe da Receita, eu conversei com ele perguntando se era possível recuperar. Daí tentaram — talvez tenha havido excesso de iniciativa — resolver o negócio lá. Aí deu a confusão. Não teve nada na moita", relatou o ex-presidente.

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