INVESTIGAÇÃO

Cid depõe à PF nesta quinta-feira sobre a suposta fraude no cartão de vacinação

Bolsonaro prestou depoimento na quarta-feira (17/5), quando negou ter conhecimento do esquema para fraudar cartões de vacinação em seu nome e da sua família

Fernanda Strickland
postado em 18/05/2023 09:02
 (crédito: Presidência/Alan dos Santos)
(crédito: Presidência/Alan dos Santos)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), vai depor na tarde desta quinta-feira (18/5) à Polícia Federal (PF). O depoimento é sobre o inquérito que apura a suposta fraude no cartão de vacinação de integrantes da família dele e do ex-presidente. Bolsonaro realizou seu depoimento na quarta-feira (17/5), quando negou ter conhecimento do esquema para fraudar cartões de vacinação dele e da família.

Cid foi preso há duas semanas no âmbito da Operação Venire por suspeita de inserir informações falsas sobre a vacinação contra a covid-19 nos sistemas entre os meses de novembro de 2021 e dezembro de 2022. Segundo a PF, o objetivo era emitir certificados de vacinação. O depoimento do ex-ajudante de ordens está marcado para as 14h30. A expectativa é de que Cid dê detalhes de como ocorria a fraude.

Em depoimento na tarde de quarta-feira (17/5), na PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro negou ter conhecimento do esquema para fraudar cartões de vacinação em seu nome e da sua família. Dessa forma, deixou na conta do ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, e dos outros presos na Operação Venire, desfechada em 3 de maio, a articulação para a inserção dos dados falsos no sistema do Ministério da Saúde — cujo objetivo seria gerar documento com informações forjadas para uma viagem aos Estados Unidos.

Em uma das perguntas do inquérito que apura a fraude, Bolsonaro foi questionado sobre conversas recolhidas no celular de Cid e dele próprio, apreendidos em uma ação da corporação no Distrito Federal. O ex-presidente negou qualquer envolvimento. Indagado se o esquema poderia ter sido criado à sua revelia, insistiu não saber das irregularidades.

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