INVESTIGAÇÃO

Gastos de Michelle: subprocurador do TCU quer força-tarefa em investigação

Conversas interceptadas pela Polícia Federal apontam que as despesas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro eram pagos em dinheiro

Estado de Minas
postado em 14/05/2023 11:42 / atualizado em 14/05/2023 11:43
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Após conversas interceptadas pela Polícia Federal (PF) revelarem uma orientação para o pagamento das despesas de Michelle Bolsonaro em dinheiro vivo, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Rocha Furtado, pedirá à Corte a formação de uma força-tarefa para investigar os gastos da ex-primeira dama.

O material, divulgado neste sábado (13/5) pela reportagem do Uol, traz indícios de um esquema de desvios de recursos públicos e tentativa de fugir à fiscalização com o objetivo de bancar despesas da então primeira-dama Michelle.

Em conversas com assessoras do governo de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid manifesta preocupação sobre irregularidades no pagamento de despesas de Michelle, que utilizava um cartão de crédito vinculado à conta da amiga Rosimary Cardoso, à época assessora parlamentar no Senado.

Os diálogos, realizados por meio de áudios, foram descobertos pela PF na quebra de sigilo das comunicações de Cid, preso desde a semana passada por suspeita de fraude nos comprovantes de vacinação contra a Covid-19.

As conversas atestam a preocupação de Cid com a possibilidade de a prática ficar caracterizada como uma rachadinha. Ele menciona, inclusive, o caso do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), denunciado sob acusação de peculato pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

De acordo com a reportagem do Uol, os diálogos revelam a existência de uma "dinâmica sobre os depósitos em dinheiro para as contas de terceiros e a orientação de não deixar registros e impossibilidades de transferência, tentando ocultar a origem dos recursos".


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