Bahia

Fávaro foi desconvidado da Agrishow por 'fascistas' e 'negacionistas', diz Lula

O presidente Lula disse, em Salvador, ter aceitado um outro convite de uma feira do setor, desta vez, da Bahia Farm Show, "só para fazer inveja aos maus-caracteres de São Paulo que não deixaram meu ministro participar"

Ingrid Soares
postado em 11/05/2023 15:44 / atualizado em 11/05/2023 15:58
 (crédito: Reprodução / TV Brasil)
(crédito: Reprodução / TV Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta quinta-feira (11/5) sobre o desconvite da Agrishow — a maior feira do agronegócio na América Latina — ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Durante discurso no lançamento das plenárias estaduais do Plano Plurianual Participativo (PPA), em Salvador, o chefe do Executivo disse ter aceitado um outro convite de uma feira do setor, desta vez, da Bahia Farm Show, "só para fazer inveja aos maus-caracteres de São Paulo que não deixaram meu ministro participar".

"Meu ministro da Agricultura, que é uma pessoa fantástica, é do agronegócio. Ele não é pequeno produtor, não, é grande produtor. E tem a famosa feira da agricultura lá em Ribeirão Preto, que alguns fascistas, alguns negacionistas não quiseram que ele fosse à feira. Desconvidaram o meu ministro", criticou. 

"E eu falei para o Fávaro: ‘Não fique nervoso, não perca a cabeça, porque a agricultura brasileira não é só isso’. Chego aqui à Bahia e encontro os companheiros do agronegócio me entregando um convite para vir na segunda feira mais importante do país. Quero dizer que venho para essa feira só para fazer inveja aos maus-caracteres de São Paulo que não deixaram meu ministro participar", concluiu.

Saia-justa

Na edição 2023 da Agrishow, a feira 'desconvidou' o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), que marcaria presença na abertura do evento, ao chamar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para participar. Para evitar um possível constrangimento, a sugestão foi de que Fávaro fosse ao evento em outro dia. O ministro, porém, não aceitou. A situação causou um mal-estar com o Executivo federal e fez com que o Banco do Brasil quase cancelasse o patrocínio ao evento. 

Na ocasião, Bolsonaro foi ovacionado por apoiadores e criticou o demarcamento de terras indígenas e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). 

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