Congresso

Telegram quer "colocar Parlamento de joelhos", diz relator do PL das Fake News

Deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do PL das Fake News, vê "abuso de poder econômico" em mensagem de plataforma enviada em massa aos seus usuários nesta terça-feira (9/5)

Ândrea Malcher
postado em 09/05/2023 17:26 / atualizado em 09/05/2023 17:28
Orlando Silva é o relator do PL sobre mentiras. Pronto para ir adiante -  (crédito: Elaine Menke/Câmara do Deputados)
Orlando Silva é o relator do PL sobre mentiras. Pronto para ir adiante - (crédito: Elaine Menke/Câmara do Deputados)

Após a plataforma Telegram enviar mensagens aos usuários contra o PL das Fake News, na tarde desta terça-feira (9/5), o relator do projeto de lei, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), afirmou que a ação é uma tentativa de deixar “o parlamento de joelhos”.

“Qualquer agente econômico, qualquer empresa pode participar dos debates públicos do Brasil, é legítimo. O que não pode é empresas utilizarem a sua estrutura para difundir fake news, desinformação para tentar manipular a opinião pública e colocar o Parlamento de joelhos. Isso é inaceitável. Essa multinacional não tem direito de abusar do poder econômico, usar da sua estrutura para interferir de forma ilegítima no debate”, criticou o deputado.

O Telegram fez hoje um envio em massa aos usuários de uma mensagem de texto em que diz que “o Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão”.

“Qualquer empresa pode defender seu ponto de vista, mas não pode usar de seu espaço no mercado para abusar do poder econômico e tentar distorcer o debate feito no Brasil hoje”, completou Orlando Silva.

Segundo o parlamentar, depois do adiamento da votação do PL, os trabalhos devem ser retomados assim que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltar de sua viagem oficial aos Estados Unidos. “A expectativa é que, logo que ele volte, se reúna com os líderes e determine qual é o calendário”, conta o deputado.

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