Projeto das Fake News

Governistas reagem a disparo do Telegram contra PL: "Inacreditável"

Na tarde desta terça (9/5), o Telegram disparou em massa a seus usuários uma mensagem alegando que o PL vai "acabar com a liberdade de expressão". Gigantes da tecnologia como Telegram e Google tentam barrar o projeto

Victor Correia
postado em 09/05/2023 16:30 / atualizado em 09/05/2023 17:00
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Integrantes do Executivo e da base governista no Congresso reagiram nesta terça-feira (9/5) ao disparo em massa feito pelo Telegram de mensagem contra o PL das Fake News, que aguarda votação na Câmara. Os governistas criticaram a gigante da tecnologia e defenderam que a empresa tenta interferir no processo democrático e que divulga desinformação. Eles prometeram ainda tomar medidas legais contra a ação.

"Inacreditável! Telegram desrespeita as leis brasileiras e utiliza sua plataforma para fazer publicidade mentirosa contra o PL 2.630. As medidas legais serão tomadas. Empresa estrangeira nenhuma é maior que a soberania do nosso país", escreveu o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, em sua conta no Twitter.

Na tarde de hoje, o Telegram disparou em massa uma mensagem a seus usuários alegando que "a democracia está sob ataque" e que o projeto irá "acabar com a liberdade de expressão". O aplicativo não disponibiliza quantos usuários tem no país.

A ação é o mais recente ataque de gigantes da tecnologia ao projeto que está sendo debatido no Parlamento. Empresas tentam influenciar tanto o Parlamento quanto a opinião pública, divulgando em suas plataformas informações contra a proposta.

Abuso de poder

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também se manifestou. "As plataformas seguem usando seu alcance para agir contra o interesse público. Hoje, o Telegram nos brindou com uma clara tentativa de interferir no debate democrático e evidente demonstração de abuso de poder. Esses abusos deixam escancarado por que a regulação é necessária!", declarou o senador.

"Se o PL não for aprovado, ambientes como esse continuarão sendo utilizados para planejar assassinatos de crianças e professores em escolas", disse, por sua vez, o deputado federal André Janones (Avante-MG).

A Polícia Federal investiga grupos nazistas que usam o Telegram para disseminar ameaças e até organizar ataques a escolas no Brasil. A plataforma chegou a ser suspensa por dois dias no Brasil por se recusar a fornecer à PF dados dos integrantes desses grupos.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação