ENTREVISTA

No 'Roda Viva', Gilmar Mendes destaca importância do inquérito das fake news

Decano do STF apontou necessidade da investigação para manutenção da democracia e apontou um desfecho para o processo

Luana Patriolino
postado em 08/05/2023 23:31 / atualizado em 08/05/2023 23:32
 (crédito:  Carlos Moura/STF/SCO)
(crédito: Carlos Moura/STF/SCO)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu, nesta segunda-feira (8/5), a continuação das investigações do inquérito das fake news pela Corte. O decano foi o convidado do programa Roda Viva e, em entrevista, destacou a importância do processo para a preservação da democracia brasileira. Na avaliação do magistrado, a apuração deve acabar com inúmeros denunciados.

"Eu tenho a impressão de que várias investigações já deram frutos, já houve manifestação da Procuradoria. No início, nós tivemos alguns embates e até algumas incompreensões. Vários ministros até chegaram a dizer que não apoiavam o chamado inquérito das fake news”, declarou Mendes.

O inquérito 4.781, conhecido como inquérito das fake news, completou quatro anos de existência no judiciário. O objetivo é investigar a propagação de notícias falsas, calúnias e campanhas difamatórias contra os ministros dos tribunais superiores, além de ataques às instituições democráticas. Gilmar Mendes destacou os desdobramentos do processo.

“Eu não gosto de ser profeta. Mas muito provavelmente, acho que já disse isso em outro momento, se não fosse esse inquérito, talvez, nós já tivéssemos tido um descarrilamento institucional. Acho que isso foi que inibiu o gabinete do ódio e coisas do tipo. Quando a gente acha que é hora de parar com isso, aí vem coronel Cid e vem hoje coronel Hélcio e coisas do tipo. O inquérito foi extremamente importante e vai caminhar para o desfecho do encaminhamento de denúncias”, disse o magistrado em referência aos envolvidos na Operação Venire, da Polícia Federal.

Gilmar Mendes foi convidado do programa Roda Viva, da TV Cultura. Na entrevista, também foram abordados os desdobramentos dos atos golpistas de 8 de janeiro, o futuro do STF com as eventuais indicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as recentes declarações do senador Sergio Moro (União-PR) — que sugeriu venda de habeas corpus por parte do integrante da Suprema Corte.

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