CONGRESSO

Pacheco afirma que é preciso aceitar a privatização da Eletrobras

Para o presidente do Senado, questões como o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária são algumas das "medidas que seriam mais úteis para o Brasil"

Ândrea Malcher
postado em 08/05/2023 18:01 / atualizado em 08/05/2023 18:16
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta segunda-feira (8/5), durante uma reunião da diretoria da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a privatização da Eletrobras.

"Fizemos uma opção legislativa de capitalização da Eletrobras, foi algo muito debatido na Câmara e no Senado. Foi aprovado, mantém-se determinadas prerrogativas à União, que é um dos acionistas, de modo que nós consideramos essa uma realidade do Brasil. Era muito importante que se pudesse aceitar essa realidade para valorizar inclusive a Eletrobras”, disse ele aos jornalistas, após o evento.

O senador ressaltou que muitos brasileiros usaram o FGTS para investir na empresa. "Então, valorizá-las (as ações da ex-estatal) significa atender mais de 300 mil pessoas nessa condição hoje de acionistas minoritários da Eletrobras."

"E além da competitividade da empresa para poder suprir deficiências que nós temos no setor de energia. Então, obviamente que é direito do Executivo, de qualquer outra instância, fazer suas discussões sejam legislativas, sejam judiciais, mas eu considero adequado preservar aquilo que foi uma opção do Congresso Nacional de capitalização da Eletrobras", completou.

Pacheco disse, ainda, ser importante a "aceitação" da questão, listando o "novo arcabouço fiscal, uma reforma tributária, medidas legislativas de arrecadação sustentável, como programas de repatriação, programas de parcelamento de multas e juros, de multas e da incidência de juros em agências reguladoras, combater a sonegação fiscal, ampliar a base de cálculo tributária" como medidas "mais úteis para o Brasil".

"A capitalização da Eletrobras, essa discussão acaba por gerar algum desvalor à empresa e isso não é bom para o Brasil porque ela também é um ativo nacional, considerando a participação da União no seu capital social", argumentou.

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