Londres

Lula afirma que prisão de Assange é uma "vergonha"

Para Lula, "é uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um Estado contra outro esteja preso, condenado a morrer em uma cadeia". Assange é fundador do Wikileaks.

Vicente Nunes - Correspondente
postado em 06/05/2023 18:52 / atualizado em 06/05/2023 18:58
(FILES) In this file photo taken on May 19, 2017 Wikileaks founder Julian Assange raises his fist prior to addressing the media on the balcony of the Embassy of Ecuador in London. A British judge on Wednesday gave the US government extra grounds to appeal a refusal to extradite WikiLeaks founder Julian Assange, after it argued the initial ruling relied on a witness who misled court. (Photo by Justin TALLIS / AFP) -  (crédito: JUSTIN TALLIS)
(FILES) In this file photo taken on May 19, 2017 Wikileaks founder Julian Assange raises his fist prior to addressing the media on the balcony of the Embassy of Ecuador in London. A British judge on Wednesday gave the US government extra grounds to appeal a refusal to extradite WikiLeaks founder Julian Assange, after it argued the initial ruling relied on a witness who misled court. (Photo by Justin TALLIS / AFP) - (crédito: JUSTIN TALLIS)

Londres — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, neste sábado (06/05), a prisão do jornalista e ativista australiano Julian Assange, que está detido em uma penitenciária de segurança máxima na cidade de Belmarsh, na Inglaterra. Para o líder brasileiro, que esteve com o primeiro-ministro, Rishi Sunak, e participou da coroação do rei Charles III, “é uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um Estado contra outro esteja preso, condenado a morrer em uma cadeia”. Assange é fundador do Wikileaks.

“O cara (Assange) não denunciou nada vulgar. O cara denunciou que um Estado vigiava outros. E isso virou crime contra o jornalista?”, indagou o chefe do Executivo brasileiro, que disse ter se esquecido de falar sobre esse assunto com Sunak. “Mas assim que chegar ao Brasil vou telefonar para o primeiro-ministro”, prometeu. Não é de agora que Lula defende a liberação do jornalista, preso desde 2019, depois de passar sete anos refugiado na embaixada do Equador em Londres.

Foi por meio dos vazamentos de papéis secretos das Forças Armadas dos Estados Unidos que o governo brasileiro ficou sabendo que a então presidente Dilma Rousseff e vários integrantes da gestão dela haviam sido grampeados pelos norte-americanos. No total, 29 telefones da equipe da petistas foram monitorados.

No entender de Lula, a mídia mundial precisa ter uma postura combativa no caso de Assange. “A imprensa não se mexe na defesa desse jornalista. Não entendo”, ressaltou. O governo dos Estados Unidos vem tentando a extradição dele há anos. Em junho passado, a então ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, aprovou a remoção de Assange para uma prisão norte-americana.

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