A indicação de Luiz Fernando Corrêa para o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi aprovada por unanimidade na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, com 16 votos favoráveis. Corrêa foi indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para assumir o cargo, e pela Constituição, a indicação precisava ser apreciada pelos senadores por meio de votação presencial por meio de urna no plenário. A sabatina chegou a ser adiada por conta de impasses relacionados aos nomes que acompanhavam a sua indicação: o delegado Alessandro Moretti, que foi diretor de inteligência da Polícia Federal e do Ministério da Justiça; e Paulo Maurício Fortunato Pinto, que era diretor do Departamento de Contrainteligência da Abin até 2008, e ocupa, agora, o cargo de secretário de Planejamento e Gestão.
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Natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Corrêa ingressou nos quadros do Departamento de Polícia Federal como agente de Polícia Federal em 1980. Já atuou como chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul; delegado regional de Polícia da Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal; secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e diretor-geral da Polícia Federal.
O novo diretor da Abin tem também em seu currículo a atividade de inteligência da missão especial de combate ao crime organizado no Espírito Santo, em 2002, e, na mesma linha, no Rio de Janeiro, a Missão Suporte, em 2003.
Nos três primeiros anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a agência utilizou um sistema capaz de monitorar a localização de até 10 mil celulares por ano. A revelação, dada em primeira mão pelo jornal O Globo, levou à abertura de investigações na Polícia Federal, no Ministério Público Federal e no Tribunal de Contas da União. Na PF, as investigações começaram no último dia 16 de março e correm em sigilo. A ação foi determinada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).
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