O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, na terça-feira (2/5), uma nova data para o terceiro depoimento de Anderson Torres sobre os atos golpistas de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes. O magistrado estabeleceu que o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal seja ouvido na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília até segunda-feira (8/5). Essa oitiva estava marcada para 24 de abril, mas foi adiada pela PF após pedido da defesa que alegou piora no estado cognitivo e emocional de Torres, que impossibilitaria a participação em audiências.
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A nova data foi estipulada por Moraes depois que Torres passou por avaliação médica, “que atestou que as medicações do preso foram ajustadas e que tem tido acompanhamento médico frequente”. Sendo assim, o ministro do STF determinou que, até dia 8 de maio, o ex-secretário seja ouvido “em horário a ser definido pela autoridade policial”.
“Oficie-se a Direção do estabelecimento prisional onde Anderson Gustavo Torres encontra-se para que providencie as condições necessárias para a realização de sua oitiva, inclusive mediante escolta policial para o deslocamento”, determinou Moraes.
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Torres apresenta instabilidade em quadro de saúde
Um laudo assinado por um profissional de saúde do DF e divulgado pelo jornal O Globo, mostrou que desde 17 de janeiro, Torres teve uma "piora significativa do estado geral, com perda de peso, mais ou menos dez quilos, aumento da frequência e intensidade das crises de ansiedade seguidas de crises de choro e nervosismo intenso acompanhada de preocupação intensa em relação às suas filhas menores”.
De acordo com o laudo, desde que foi preso Torres passou por "intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir consequências deletérias das crises (como risco de suicídio)”, mas afirma que “houve resposta insatisfatória terapêutica aquém do esperado”.
No sábado (29/4), o deputado federal Sanderson (PL-RS) visitou o ex-secretário na prisão e afirmou que ele está “no limite da saúde física e mental". “Ele acredita que a prisão é injusta. Estão praticamente fazendo tortura psicológica com ele. Não está sendo fácil. Segundo ele, é o mais interessado em esclarecer tudo”, completou, em conversa com o Correio.
“A situação do Anderson é bem ruim. Eu saí de lá do batalhão bastante preocupado (com ele), porque ele ficou praticamente todo o tempo chorando. Pelo que percebi, está no limite da saúde física e mental”, contou. Sanderson ao Correio. Torres está preso preventivamente desde 14 de janeiro, acusado de omissão referente aos ataques golpistas na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
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