A Polícia Federal não apreendeu o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante busca e apreensão nesta quarta-feira (3/5). A informação foi confirmada pelo Correio com fontes ligadas às investigações. Na decisão que permitiu as buscas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, havia determinado a apreensão do passaporte de Bolsonaro.
A reportagem procurou a Polícia Federal para saber o motivo da determinação não ter sido completamente cumprida. A entidade informou que "não comenta investigações em andamento".
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Além do passaporte, Moraes autorizou que equipamentos de informática e celulares sejam recolhidos. O ministro determinou a busca e apreensão de "armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, bem como de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos aqui descritos". Ainda não há confirmação se todos os equipamentos foram apreendidos.
As ações tiveram como alvos, além de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência, que foi preso, o ex-vereador do Rio de Janeiro Marcelo Siciliano, Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal pelo MDB-RJ, o médico Farley Vinicius Alcântara, acusado de envolvimento no esquema.
Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro, Eduardo Crespo Alves, militar, entre outros. A PF também pediu busca e apreensão contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas teve a solicitação negada pelo magistrado.
De acordo com as investigações, foi criado um esquema criminoso para alterar dados vacinais de Bolsonaro, da filha dele, menor de 18 anos, Laura Bolsonaro, do próprio Mauro Cid e pessoas próximas dele.
Após as inserções de vacinas nas quais Bolsonaro não tomou, o certificado de imunização do ex-presidente foi acessado de dentro do Palácio do Planalto.
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