A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a organização criminosa criada para inserir dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde tem ligação com o chamado gabinete do ódio. Entre os beneficiados pelo esquema, de acordo com os investigadores, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid.
As investigações estabeleceram uma ligação entre o chamado gabinete do ódio — criado para atacar as instituições, colocar em dúvida a eficácia das vacinas e espalhar informações falsas sobre o sistema eleitoral — e o grupo que fraudou dados do sistema de imunização.
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As diligências apontam que o grupo criminoso, que atuava por meio da internet, saiu do ambiente virtual e passou a cometer crimes no ambiente real. Entre os delitos, está a cooptação de servidores da saúde em Goiás e no Rio de Janeiro para se envolver no esquema.
A corporação também identificou que foram emitidos cartões de vacinação físicos para enganar as autoridades do Brasil e dos Estados Unidos. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, está preso temporariamente, pelo prazo inicial de 5 dias por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O magistrado retirou o sigilo da decisão. Bolsonaro e os demais acusados devem ser ouvidos na Polícia Federal. No entanto, o ex-presidente faltou a oitiva marcada para esta quarta-feira (3/5), alegando que a defesa não teve acesso aos autos. A PF pediu autorização para realizar buscas contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas o ministro negou o pedido.
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