PL das Fake News

Lira diz que pressão das big techs a deputados foi "desumana e mentirosa"

Presidente da Câmara afirma já ter acionado o jurídico para apoiar na tomada de providências contra as plataformas sociais

Taísa Medeiros
postado em 03/05/2023 15:33 / atualizado em 03/05/2023 15:33
 (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
(crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Um dia após a tentativa de apreciação do PL das Fake News em plenário — barrada pela oposição e pela bancada evangélica —, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirma que a pressão feita pelas big techs aos deputados para que barrassem o projeto foi “horrível, desumana e mentirosa”. E que a Casa tomará as providências necessárias.

O deputado alagoano disse que recebeu inúmeros relatos, os quais estão sendo angariados para serem levados à Justiça.

“Já pedimos para a advocacia da Câmara e para o corpo técnico porque, em detrimento do que politicamente os deputados pensam, as big techs ultrapassaram todos os limites da prudência. Se a gente pudesse comparar, é como se tivessem impedido o funcionamento de um poder. E no direito comparativo, nós vamos procurar com todos os meios para entrar com ação responsabilizando pelo ato quase de horror que promoveram na vida dos deputados em uma semana para a votação dessa matéria”, frisou Lira em entrevista à GloboNews.

O presidente também disse que ainda irá procurar o diretor-geral e a procuradoria da Casa para que façam estudos em cima dos dados que chegaram. “Você defender seu pleito, tranquilo, mas você usar seus instrumentos para impulsionar, atrapalhar ou cercear que a outra parte se movimente, se mobilize, e aí convergindo a todos os meios que eles detêm pelos algoritmos, que possuem de influência nos estados, a pressão foi horrível, desumana e mentirosa”, complementou.

Segundo ele, houve distorções do que de fato estava sendo apreciado no Legislativo. “Venderam um tema totalmente desvirtuado, passando que a Câmara estava votando um projeto que censuraria, que amordaçaria, que tiraria a liberdade de expressão e a Câmara jamais permitiria isso”, salientou.

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