O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que os fatos revelados pela operação da Polícia Federal (PF) que prendeu assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) exigem investigação. “Eu vi pela televisão e o que precisa é ter investigação. O que a sociedade espera? Investigação. O importante é que haja investigação e que as coisas sejam esclarecidas”, declarou a jornalistas na manhã desta quarta-feira (3/5), no Palácio do Planalto.
Bolsonaro foi alvo de operação, nesta manhã, que apura suspeita de fraude em dados do cartão de vacina, no Ministério da Saúde. O caso está no âmbito do inquérito das milícias digitais, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao todo, seis pessoas atreladas ao governo do ex-presidente foram presas e 17 são alvos de busca e apreensão. Entre os presos está o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, além dos assessores pessoais do ex-presidente Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, que trabalhavam no Planalto.
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Mauro Cid também está sendo investigado no escândalo das jóias milionárias vindas da Arábia Saudita. Foi ele quem articulou, para Bolsonaro, as tentativas para recuperar os itens de luxo retidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP).
De acordo com as investigações da PF, um grupo teria inserido dados de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Segundo a PF, "as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”.
Assim, os beneficiários puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e usá-los para burlar as restrições sanitárias impostas pelo Brasil e os Estados Unidos no período da pandemia. Entre os certificados de vacinação forjados estão os de Bolsonaro e da sua filha, Laura, 12 anos. Além deles, os dados de Mauro Cid, sua esposa e filha também teriam sido manipulados.
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