A operação da Polícia Federal (PF) na manhã nesta quarta-feira (3/4), em Brasília, que fez buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro e prendeu o ex-ajudante de ordens dele, tenente-coronel Mauro Cid, repercute no Congresso. Parlamentares governistas se posicionam sobre o episódio, por meio das redes sociais, apontando que o “cerco está se fechando”.
“É questão de tempo para o golpista responder por seus atos que em tese são: infração de medida sanitária preventiva, inserção de dados falso de informação. Mas sabemos que daí vão surgir muitos mais!”, declarou o senador Beto Faro (PT-PA).
AGORA! A Polícia Federal faz busca e apreensão na casa de JAIR BOLSONARO. É questão de tempo para o golpista responder por seus atos que em tese são: infração de medida sanitária preventiva, inserção de dados falso de informação. Mas sabemos que daí vão surgir muitos mais!
— Senador Beto Faro (@BetoFaroPT) May 3, 2023
“O cerco vai se fechando. Tic-Tac”, escreveu o deputado Orlando Silva (PCdoB) em suas redes sociais. O deputado ainda fez ironias pelo celular do ex-presidente que foi apreendido: “Pessoal, alguém tem um celular para emprestar aí? Tem gente precisando”, escreveu em outra postagem. “Não sei o motivo, mas estou com essa música na cabeça. Batidas na porta da frente... É o tempo”, acrescentou.
URGENTE! A Polícia Federal realiza operação contra uma organização criminosa que fraudou dados de vacinação no sistema do Ministério da Saúde.
— Orlando Silva (@orlandosilva) May 3, 2023
ATENÇÃO: Entre os presos está Mauro Cid, ajudante de ordens e braço direito de Jair Bolsonaro.
O cerco vai se fechando. Tic-Tac.
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A operação está no âmbito do inquérito das milícias digitais, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro, apesar de não ter sido alvo de mandado de prisão, deve prestar depoimento ainda hoje na sede da PF de Brasília.
Ao todo, seis pessoas atreladas ao governo do ex-presidente foram presas e 17 são alvos de busca e apreensão. Entre os presos está o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, além dos assessores pessoais do ex-presidente Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, que trabalhavam no Planalto.
Mauro Cid também está sendo investigado no escândalo das jóias milionárias vindas da Arábia Saudita. Foi ele quem articulou, para Bolsonaro, as tentativas para recuperar os itens de luxo retidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP).
O celular de Bolsonaro foi apreendido e o ex-presidente teria se recusado a entregar suas senhas à polícia. “O ex vagabundo da República não quer passar a senha do celular dele a PF. Deixem os comentários relembrando o que ele tenta esconder”, escreveu o deputado federal Zeca Dirceu (PT) em sua conta no Twitter.
O ex vagabundo da república, não quer passar a senha do celular dele a PF.
— Zeca Dirceu (@zeca_dirceu) May 3, 2023
Deixem os comentários relembrando o que ele tenta esconder.
Certificado de vacinação
De acordo com as investigações da PF, um grupo teria inserido dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Segundo a PF, "as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”.
Assim, os beneficiários puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e usá-los para burlar as restrições sanitárias impostas pelo Brasil e os Estados Unidos no período da pandemia. Entre os certificados de vacinação forjados estariam os de Bolsonaro e da sua filha, Laura, 12 anos. Além deles, os dados de Mauro Cid, sua esposa e filha também teriam sido manipulados.
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