SUSPEITA DE FRAUDE EM VACINAS

"Apenas eu fui vacinada", diz Michelle Bolsonaro sobre operação da PF

Michelle ainda afirmou não saber o motivo da busca e apreensão na casa do casal, em Brasília. A PF investiga a suspeita de adulteração de cartões de vacinação

Correio Braziliense
postado em 03/05/2023 10:37 / atualizado em 03/05/2023 10:47
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Após a Polícia Federal fazer busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira dama Michelle afirmou, no Instagram, que apenas ela se vacinou. "Ficamos sabendo, pela imprensa, que o motivo seria 'falsificação de cartão de vacina', do meu marido e de nossa filha Laura. Na minha casa, apenas eu fui vacinada", escreveu a presidente do PL Mulher.

Michelle ainda afirmou não saber o motivo da operação da PF e que o advogado do casal não teve acesso aos autos. Além disso, ela postou um versículo bíblico: "Eu confio no Senhor. Obrigada, amado da minh'alma", disse.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também se pronunciou após a operação. O político nega ter adulterado o cartão de vacinação e afirma que não tomou a vacina contra a covid-19.

Com 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro, a Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3/5), a Operação Venire.
A corporação fez busca e apreensão em um endereço de Bolsonaro, na capital federal; além de ter prendido o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. Bolsonaro deve prestar depoimento ainda hoje. O aparelho celular de Jair e Michelle foram apreendidos, conforme informou o jornal O Globo.

De acordo com a PF, "as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários. Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19".

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