Forças Armadas

Com honras militares, Lula vai almoçar com Alto Comando do Exército na quarta

O evento é mais um aceno do chefe do Executivo à corporação. No mês passado, Lula alegou que "andava magoado", mas garantiu que o assunto envolvendo militares e o antigo governo Jair Bolsonaro está superado e que não guarda rancor das Forças Armadas

Ingrid Soares
postado em 02/05/2023 21:09
 (crédito:  Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) almoçará nesta quarta-feira (02/5) com o Alto Comando do Exército Brasileiro no Quartel-General, em Brasília. O evento é mais um aceno do chefe do Executivo à corporação.

No último dia 19,  o petista participou da cerimônia de comemoração do Dia do Exército. O evento ocorreu no mesmo local onde, no começo do ano, estavam acampados manifestantes bolsonaristas que pediam golpe de Estado. Na cerimônia, o chefe do Executivo assistiu aos desfiles e demonstrações dos militares.

Na mesma ocasião, Lula afirmou ter ficado na dúvida sobre comparecer ao evento. Ele alegou que "andava magoado", mas garantiu ter ido para mostrar que o assunto envolvendo militares e o antigo governo Jair Bolsonaro (PL) está superado e que não guarda rancor da corporação.

"Esse não é mais o Exército de Bolsonaro, é o Exército de Caxias, Exército brasileiro que tem função constitucional. Nós precisamos restabelecer essa harmonia para a gente poder consertar esse país", emendou na data.

O comandante do Exército, Tomás Paiva destacou na Ordem do dia que o Exército baseia sua história em "valores e tradições" e na "defesa da democracia" e ressaltou que o Exército é uma instituição "apolítica, apartidária, imparcial e coesa".

O encontro de Lula com os militares ocorre ainda após a saída do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias após vazamento de imagens dele e de agentes da pasta interagindo com golpistas no dia dos atos terroristas de 8 de janeiro.

No último dia 4, o petista participou da cerimônia de apresentação dos oficiais-generais recém-promovidos no Palácio do Planalto. O ato ocorreu em um momento em que o chefe do Executivo e os comandos das Forças Armadas ensaiam uma reaproximação após períodos de tensão envolvendo a crise provocada pelos atos terroristas de 8 de janeiro e eventual politização na corporação envolvendo a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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