A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República afirmou que plataformas, como o Google, estão usando sua base de dados para “atropelar” o debate envolvendo o Projeto de Lei (PL) das Fake News, que visa a regulação da internet. A secretaria classificou como “grave” a atitude da big tech de publicar artigos contra o projeto na página principal do buscador.
“É grave que plataformas, como o Google, usem sua base de dados para atropelar uma discussão que deve ser feita com a sociedade e já está sendo feito pelo Congresso Nacional acerca do PL 2630”, publicou o perfil da Secom no Twitter na noite de ontem (1º/5).
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De acordo com a Secom, medidas devem ser tomadas. “Agora, não se discute o conteúdo do projeto, mas que essas plataformas queiram monetizar em cima de conteúdos graves, como a apologia à violência, sem serem corresponsáveis por isso. A Secom e a Senacon estão acompanhando de perto e vão divulgar em breve as medidas a serem tomadas”, acrescentou.
O buscador está exibindo um link em sua página principal com o texto: “PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira”. Ao clicar na mensagem, o navegador redireciona para um artigo assinado pelo diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa no Brasil, Marcelo Lacerda.
O texto defende que o PL “acaba protegendo quem produz desinformação, resultando na criação de mais desinformação”. A big tech afirma que o projeto pode ser votado antes que setores tenham acesso ao texto que irá ao plenário do Congresso Nacional, e, dessa forma, “iria na contramão do seu objetivo original de combater a disseminação de notícias falsas”.
A empresa de tecnologia incita ainda que a sociedade pressione congressistas. “Precisamos melhorar o texto do projeto de lei. O PL das Fake News pode aumentar a desinformação no Brasil. Fale com seu deputado por aqui ou nas redes sociais ainda hoje”, diz um outro link do artigo.
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