Em viagem do chanceler Mauro Vieira ao México, o Brasil assinou uma série de acordos de cooperação nas últimas quinta (27/4) e sexta-feira (28/4). Os acertos foram divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores e incluem tratados de extradição, cooperação em pesquisas e colaboração acadêmico-diplomática entre ambos os países.
Mauro Vieira reuniu-se com o chanceler mexicano Marcelo Ebrard na sexta, na Cidade do México. O encontro tratou dos principais temas de cooperação econômica, políticos, culturais e migratórios. Segundo o Itamaraty, a visita marcou o "relançamento da relação".
- PL com barreira ambiental à UE é protocolado; Itamaraty diz ver sentido
- Mudança na ideologia bolsonarista no Itamaraty ocorre de forma discreta
- Itamaraty condena lançamento de míssil ICBM pela Coreia do Norte
O tratado de extradição firmado entre os países estabelece uma série de critérios para definir sobre os atos, como crimes previstos nas legislações das duas nações e com pena superior a dois anos de prisão, ou crimes fiscais. A extradição poderá ser recusada quando se tratar de crime político e militar, entre outros condicionantes.
8º parceiro comercial
Brasil e México também firmaram um memorando de cooperação em pesquisa e atividades acadêmicas entre o Itamaraty e a Secretaria de Relações Exteriores do México.
A visita do chanceler ao México foi a primeira desde 2016, e ocorreu no contexto do centenário da abertura da Embaixada Brasileira no país. Segundo o Itamaraty, o Brasil é o 8º parceiro comercial do México, e vice-versa. Em 2022, o fluxo comercial entre as nações superou US$ 12 bilhões, batendo um novo recorde. No primeiro trimestre de 2023, o fluxo já registrou um aumento de 38% em relação ao mesmo período do ano passado.
Mauro Vieira também se reuniu com o secretário-geral da Agência para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (Opanal), embaixador Flávio Bonzanini. A organização luta pela eliminação das armas nucleares no mundo.