O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou a jornalistas enquanto saía da Câmara dos Deputados que uma reunião de líderes nesta terça-feira (25/4) vai definir para quais partidos vão as relatorias e presidências de três comissões parlamentares de inquérito (CPIs) na Casa Baixa.
Ao todo existem quatro CPIs na Câmara com assinaturas suficientes para leitura em Plenário e instalação: A CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a CPI das Apostas Esportivas, a CPI das Lojas Americanas e a CPI das Pirâmides Financeiras. Segundo interlocutores, apenas as três primeiras serão decididas na reunião de hoje.
A tendência é que o ‘superbloco’ comandado pelo PP, de Arthur Lira, e União Brasil escolha se quer ocupar presidência ou relatoria das três comissões. A escolha remanescente dessas CPIs ficará a cargo do blocão de MDB e PSD. Caso exista algum acordo entre as bancadas, o indicado para presidente ou relator de uma das três CPIs pode ser algum deputado de outro bloco partidário.
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Como faz parte do Progressistas (PP) e foi um dos autores do requerimento, o deputado Pedro Lupion (PR) é cotado nos bastidores como o favorito para assumir a relatoria da CPI que vai investigar a atuação do MST e eventuais financiadores.
A CPI dos sites de apostas é inspirada em uma investigação do Ministério Público de Goiás (MPGO), realizada em 14 de fevereiro, que apura possível manipulação de resultados de jogos da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022. O autor do requerimento é o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), atual líder do bloco de Lira. A CPI das Americanas é de autoria do líder do PP, André Fufuca (MA).
Com a preferência na indicação das comissões por conta da proporcionalidade, a estratégia de Lira de construir o maior bloco da Câmara dos Deputados se mostra como acertada. O presidente da Casa já conseguiu indicar relatores de seu partido para projetos importantes, como o novo arcabouço, que ficará com Claudio Cajado (PP-GO), e da reforma tributária, a cargo de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).