Jornal Correio Braziliense

Planalto

Cappelli diz que trocou 35% do GSI e que Lula o orientou a acelerar renovação

O interino do GSI completou que tem feito um levantamento de informações sobre a atuação da pasta para apresentar um "raio-x" para o presidente Lula, que deverá decidir sobre as mudanças após retornar da viagem à Europa.

O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, afirmou nesta segunda-feira (24/4) que foi orientado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a acelerar a troca de servidores que prestam serviço no órgão desde o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Há uma determinação do presidente para que a gente acelere a renovação dos quadros funcionais, o que é natural. Em paralelo, estamos reunindo informações sobre funções e atribuições do GSI para que o presidente possa tomar decisões sobre a manutenção da atual estrutura, eventuais mudanças na sua volta ao Brasil", apontou a jornalistas após reunião com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Cappelli relatou ainda que cerca de 35% dos servidores foram trocados desde o início do novo governo.

"Já foram substituídos 35% dos servidores que trabalhavam no GSI. Isso é absolutamente natural. Quando há troca de governo, é natural que se troque a maior parte do quadro funcional, faz parte da normalidade, e a gente vai acelerar esse processo", emendou.

O interino do GSI completou que tem feito um levantamento de informações sobre a atuação da pasta para apresentar um "raio-x" para o chefe do Executivo, que deverá decidir sobre as mudanças após retornar da viagem à Europa.

"É um esforço para coletar dados e informações importantes para que se possa apresentar o melhor raio-x possível ao presidente da República na sua volta ao Brasil", continuou.

Sobre a sindicância iniciada para apurar a participação de servidores do GSI que estavam no Palácio do Planalto no dia dos ataques terroristas de 8 de janeiro, Cappelli disse que o resultado será antecipado. O prazo final é 30 de maio. 

"O GSI é um órgão de Estado. Se eventualmente alguns servidores cometeram desvios funcionais, os desvios serão apurados. A sindicância vai até 30 de maio. Eu determinei a antecipação do resultado final da sindicância. Em paralelo, há inquérito na PF e no STF apurando a conduta de todos, servidores civis e militares", completou.

O ministro afirmou ainda que as informações servirão para uma avaliação sobre o formato e uma possível continuidade ou mesmo extinção do gabinete.