A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou nesta quarta-feira (19/4), em segundo turno, o Projeto de Lei 415/2023, que aumenta o salário do governador Romeu Zema (Novo) em 298%. Ao todo, 39 deputados votaram a favor e outros 18 votaram contra.
Além do Chefe do Executivo, também receberão aumento o vice-governador, secretários de estado e secretários adjuntos. A última alteração foi feita em 2007, na gestão do ex-governador Aécio Neves (PSDB).
Com a mudança, o salário de Zema salta de R$ 10.500 para R$ 37,5 mil já a partir de abril e será de R$ 41,8 mil em 2025, conforme o aumento escalonado previsto no Projeto de Lei.
De acordo com o governo mineiro, foram usados como referência os subsídios do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado e dos deputados estaduais, sendo este para a remuneração dos secretários.
Deputados se dividem sobre aumento
De acordo com o deputado Gustavo Valadares (PMN), líder do governo na Casa, o aumento é essencial para que Zema dê continuidade ao trabalho iniciado no primeiro mandato, em 2019.
"A estrutura do governo precisa continuar atraindo os quadros técnicos mais qualificados do país, que possam trazer experiência e competência à atual gestão. Hoje, contudo, são mais de 15 anos de congelamento dos salários de secretários estaduais, que dedicam todo seu tempo com os mineiros e com Minas Gerais. Desta forma, endossamos esse projeto de lei para a correção desse problema e, assim, o estado continuar avançando com uma gestão responsável e eficiente", afirmou.
Já a deputada Lohanna (PV), vice-líder do bloco de oposição Democracia e Luta, questinou o momento escolhido pela gestão Zema. "A gente entende que o salário do governador de fato deveria passar por algum reajuste porque R$ 10 mil é o salário dos prefeitos das menores cidades de Minas, mas é muito importante dizer que é no mínimo imoral o que o governador propõe enquanto faz um discurso de que o estado está falido. Ele próprio está fazendo propaganda do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) [...] Então, o estado tem dificuldade para atender os servidores, mas não para atender o governador?”, questionou.