O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (19/4) que o Brasil "não tem espaço para fascista, nazista e quem não gosta da democracia". A declaração ocorreu após a cerimônia de posse do Conselho de Participação Social e do lançamento do Processo de Elaboração do PPA Participativo (Plano Plurianual).
"Cada pessoa que participou do golpe de 8 de janeiro vai ser julgada, vai ter direito à presunção de inocência, que eu não tive, mas nós não deixaremos de julgar cada um dos golpistas porque neste país não existe espaço para fascista, nazista e quem não gosta de democracia", apontou.
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A declaração ocorreu após a revelação de imagens internas do Palácio do Planalto que mostram a atuação de integrantes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) nos ataques de 8 de janeiro. O vídeo mostra que os criminosos que realizaram as depredações receberam água dos militares e cumprimentaram agentes do GSI durante os ataques.
Na ocasião, o petista disse ainda que não é possível revogar o novo ensino médio "sem ter nada para colocar no lugar" e comentou a extradição do empresário Thiago Brennand para o Brasil, acusado de estupro, agressão, cárcere privado e ameaça contra quatro mulheres.
O chefe do Executivo chamou o empresário de "aquele que bate em mulher", disse que a Polícia Federal (PF) deve buscá-lo ainda esta semana. Lembrando viagem aos Emirados Árabes no fim de semana, disse em tom de brincadeira que, se soubesse, "tinha trazido ele no murro", mas que por conta do homem ser mais "forte", achou melhor deixar por conta da corporação.