Segundo a pesquisa divulgada pela Genial/Quaest, nesta quarta-feira (19/4), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é avaliado positivamente por 36% dos entrevistados. Já a avaliação negativa passou de 20% para 29% entre fevereiro e abril. Os que avaliam a gestão como regular somam 29% e outros 6% não sabem ou não responderam.
A maior taxa de avaliação positiva se encontra no Nordeste, com 53%. Já a menor é no Sul, com 27%. Nas regiões Centro-Oeste e Norte, 33% enxergam a gestão como positiva e no Sudeste, 30%. O levantamento mostra ainda que o petista continua mais bem avaliado entre o público feminino, com 38%. Entre os homens, 33% classificam o governo como positivo.
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Além disso, a pesquisa perguntou aos entrevistados se eles acham que Lula tem conseguido cumprir o que prometeu na campanha eleitoral. Para 55%, a resposta é não. Já 35% dizem que sim. Quando questionados sobre se aprovam a forma como o presidente se comporta, 53% apoiam a postura de Lula e 40% desaprovam.
O que esses números significam?
Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, a avaliação negativa do governo subiu entre os eleitores que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso pode significar que há pouco aceno da gestão petista ao eleitorado de centro e também para a oposição. "Lula tem sido um bom presidente para quem votou nele, mas seu governo, ao não fazer acenos para o eleitorado de centro e oposicionista, dá boas razões para que ele passe a buscar motivos para não gostar do que está vendo", escreveu Felipe no Twitter.
"Contribui para essa percepção o alto volume de notícias negativas sobre o governo que já circula nas redes e na mídia: 44% já viu, ouviu ou leu alguma notícia negativa do governo. A taxação dos produtos importantes aparece no topo da lista. A pesquisa mostra que a base lulista está calcificada e não vai abandoná-lo facilmente. Sem a ansiedade dos 100 dias, é esperado que Lula entre em menos bolas divididas e que o governo consiga divulgar melhor seu plano econômico", emendou o especialista.
O levantamento ouviu 2.015 pessoas em 120 municípios das 5 regiões do país entre os dias 13 e 16/abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade de 95%.