A Polícia Federal (PF) deflagrou, ontem, a 10ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Entre os presos, está o bolsonarista Euro Brasílico Vieira Magalhães, tenente-coronel da reserva da Aeronáutica, detido no Rio de Janeiro.
O militar está na reserva desde 2012 e estava acampado no Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano, com outros bolsonaristas que pregavam golpe militar e a manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Ele publicou vídeos na internet em frente ao local e as suspeitas são de que atuou para incitar a tentativa de golpe de Estado.
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No Pará, a PF prendeu Claudebir Beatriz da Silva Campos, que chegou a se candidatar a deputada estadual na eleição do ano passado. Outro detido é o diretor do PL em Monte Azul (MG), Sílvio de Melo Rocha.
A Lesa Pátria se tornou uma operação permanente, sem prazo para acabar. As informações, documentos, oitivas realizadas e pessoas presas subsidiam os inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os acusados de participação nos atos antidemocráticos.
As equipes saíram às ruas para cumprir 16 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão. Expedidos pelo STF, os mandados tinham como objetivo a detenção de pessoas em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. De acordo com a PF, os detidos são investigados os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Os locais atacados pelos vândalos ainda passam por reformas e restaurações. Ontem, o Supremo liberou o acesso de servidores e jornalistas ao segundo andar do prédio principal da Corte, após restauração das paredes, equipamentos e dos sistemas elétricos e hidráulicos, danificados pelos extremistas.