O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (18/4) que, após casos de violência nas escolas, as redes sociais retiraram do ar 756 perfis nos últimos 10 dias dedicados a difundir ódio e ataques violentos em instituições de ensino. Dino relatou ainda que, em 100 casos, houve pedido para que as redes preservassem o conteúdo desses perfis para abastecer investigações em curso.
Ele destacou que 225 pessoas já foram presas ou apreendidas por ameaçar e planejar ataques a ambientes escolares. A declaração ocorreu durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto e representantes dos Três Poderes, estados e municípios.
- Dino relata 225 prisões ou apreensões por ameaças de ataques a escolas
- Lula se reúne com governadores e prefeitos para discutir segurança nas escolas
- Ataques a escolas: Rui Costa diz que Brasil está "colhendo" o que Bolsonaro plantou
“Em Rondônia, temos casos na Amazônia, não é algo circunscrito a uma região. É algo nacional, temos 756 remoções ou suspensões de perfis em plataformas de redes digitais, 756 perfis dedicados a difundir ódio, temos mais 100 pedidos de preservação de conteúdo para aparatar investigações em curso, mais 377 solicitação de casos para investigações e 7.473 denúncias por esse endereço do Ministério da Justiça. Há 225 apreensões. Isso permite, de modo eloquente e cabal, dimensionarmos que não são casos isolados, é uma rede criminosa estruturada. Sabe Deus com quais parâmetros ou inspirações para poder recrutar nossa juventude para o mal”, apontou.
A presidente do STF, ministra Rosa Weber, destacou, no encontro, ações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como a criação de um grupo multidisciplinar.
“Parabenizo o presidente Lula por essa iniciativa, quanto a um tema que constrange a todos nós brasileiros e brasileiras e que diz respeito ao enfrentamento da violência contra as crianças no local onde elas devem estar, na escola.”