O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou os Estados Unidos e a Europa de contribuírem com a continuidade da guerra na Ucrânia. A afirmação foi feita neste domingo (16/4), em coletiva em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Lula também voltou a defender a negociação da paz entre Rússia e Ucrânia com a reunião de países neutros.
A proposta seria a criação de uma espécie de "G20 político" para restabelecer a paz. Ainda sobre o grupo, o presidente Lula contou à imprensa que conversou com o presidente Chinês, Xi Jinping, e com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohammed ben Zayed al Nahyan, e afirmou acreditar na possibilidade de êxito na formação do grupo. O presidente afirmou que pretende envolver os países da América Latina nesse contexto.
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"A paz está muito difícil. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não toma iniciativa de paz, o [presidente da Ucrânia], Volodymyr Zelensky, não toma iniciativa de paz. A Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra", afirmou Lula.
Lula terminou reforçando que os presidentes da Rússia e da Ucrânia não tomam a iniciativa de encerrar o conflito e que os Estados Unidos continuam a incentivar o conflito.
“A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra. Porque a decisão da guerra foi tomada por dois países. E, agora, estamos tentando construir um grupo de países que não tem nenhum envolvimento com a guerra, que não querem a guerra, que desejam construir paz no mundo, para conversarmos tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia. Mas, também, nós também temos que ter em conta que é preciso conversar também com os Estados Unidos e com a União Europeia”, disse Lula.
*Estagiária sob a supervisão de Pedro Grigori