O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e a presidente da corte, ministra Rosa Weber, visitaram os detentos que ainda estão presos sob acusação de envolvimento com os atentados realizados em 8 de janeiro contra prédios públicos em Brasília. A visita ocorreu para avaliar as condições do estabelecimento e como está ocorrendo o tratamento aos detidos.
De acordo com o Supremo, antes de ir até às celas, Moraes e Rosa conversaram com a direção do presídio, localizado em São Sebastião. Os dirigentes da unidade afirmaram que o número de policiais penais na ativa atualmente é insuficiente para que a unidade prisional funcione em sua capacidade máxima.
- STF liberta 130 denunciados pelos ataques em Brasília em 8 de janeiro
- PF convoca 80 militares do Exército para depor sobre ataques de janeiro
Após conversar com a direção, Moraes e Rosa seguiram para o local onde os detentos ficam alocados e conversaram com internos e avaliaram as estruturas da Papuda. Moraes, inclusive, provou a comida que é servida aos internos. "Aos presos, os ministros informaram que o devido processo legal está sendo cumprido e que todos os casos estão sendo avaliados individualmente pelo Supremo", informou o STF, em nota.
Após conversar com o detidos em janeiro, Moraes e Rosa visitaram salas de aula e conversaram com outros presos, não envolvidos no 8 de janeiro. De acordo com dados do Supremo, em 9 de janeiro, a Polícia Federal prendeu em flagrante 2.151 pessoas que participaram dos ataques e estavam acampadas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.
Deste total, 745 foram liberadas imediatamente após a identificação, por apresentar algum tipo de atenuante ou comorbidade, como as pessoas maiores de 70 anos, as com idade entre 60 e 70 anos com comorbidades e cerca de 50 mulheres que estavam com filhos menores de 12 anos nos atos.
Seguem presos 208 homens e 86 mulheres que tem algum tipo de ligação com a depredação das sedes do Congresso, do STF e ao Palácio do Planalto, de acordo com as investigações.