PRISÃO PREVENTIVA

Senadores pedem ao Supremo autorização para visitar Anderson Torres na prisão

Parlamentares dizem que a vistoria é necessária para avaliar as condições de saúde do ex-ministro

Renato Souza
Pablo Giovanni
postado em 28/04/2023 16:49
 (crédito: Marcelo Ferreira//CB/D.A. Press)
(crédito: Marcelo Ferreira//CB/D.A. Press)

Um grupo de senadores, liderados por Rogério Marinho, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para visitar o ex-ministro Anderson Torres, preso desde o dia 14 de janeiro, em Brasília. No documento enviado à Corte, os parlamentares afirmam que a intenção é avaliar as condições de saúde do detento.

Torres está preso sob a acusação de envolvimento com os atentados contra prédios públicos em Brasília. "Trata-se do ofício encaminhado pelo senador Rogério Marinho e outros, por meio do qual requerem '(p)or razões humanitárias, considerando o decurso de 65 dias da reclusão do investigado (Anderson Torres) sem que tenha recebido visitas, solicitamos que Vossa Excelência considere deferir o presente pedido', destaca um trecho do documento.

O magistrado determinou que a defesa do ex-ministro se manifeste, em até cinco dias, se concorda ou não com a visita. Os advogados de Torres alegaram, em manifestação enviada ao Supremo, que o cliente está em situação de saúde grave, com prejuízo psicológico e risco de que atente contra a própria vida.

Na época dos ataques do 8 de janeiro, Anderson era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas estava nos Estados Unidos. Ele entraria de férias no dia seguinte. A investigação apura se ele agiu deliberadamente para fragilizar a segurança pública de Brasília.

Além disso, o ex-secretário de Segurança também é alvo de investigação por conta da chamada minuta do golpe — documento encontrado em endereço ligado a ele que previa a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e prisão de magistrados.

Torres está detido no batalhão de Polícia Militar na região administrativa do Guará, por ser delegado federal. Ele tem direito de ocupar uma sala de Estado Maior, com acomodações mais confortáveis, televisão, acesso garantido aos advogados e pode receber alimentação externa. A prisão dele é preventiva, ou seja, não tem prazo para terminar.

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