Em viagem técnica nos Estados Unidos, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) conheceu e experimentou uma tecnologia que auxilia na reabilitação de pessoas com deficiência, com objetivo de trazer o equipamento para o Brasil. Paraplégica em decorrência de traumas causados em um acidente de carro, a parlamentar conseguiu, por meio do exoesqueleto, andar, girar, caminhar de lado e para trás.
Imagens do teste foram compartilhadas por ela nas redes sociais, nesta quinta-feira (27/4). “Não sou a mesma pessoa depois de testar esse equipamento! Estou MUITO feliz com os resultados dos testes. São 28 anos desafiando a inércia e a gravidade desde que quebrei o pescoço. Chegar a momento de andar com o auxílio de uma tecnologia que usa a força do meu próprio corpo é a prova de que todo esforço valeu a pena”, relatou a parlamentar. Veja o momento:
O equipamento testado é um exoesqueleto, estruturas que pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção “vestem” para dar suporte e movimento ao corpo humano. No modelo utilizado por Mara, batizado de Atalante, o objetivo é auxiliar indivíduos com qualquer tipo de paralisia a ficarem de pé, eretas e se moverem em direções diversas, com braços livres.
O equipamento foi criado por estudantes de engenharia da startup francesa Wandercraft. A ideia dos fundadores é oferecer uma estrutura que ajude não só pessoas com mobilidade física reduzida completamente, mas também auxilie na recuperação de pacientes que tiveram sequelas de acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson, lesão medular esclerose múltipla, traumatismo crânioencefálico, entre outros.
Para auxiliar na autonomia do usuário, o Atalante tem uma tecnologia em que controla o equilíbrio. Dessa forma, mesmo que a pessoa que o usa perca o equilíbrio, se inclina, ou tenha movimentos bruscos no tronco, o exoesqueleto não cai. Além de andar em diferentes direções, o Atalante também sobre escadas.
Objetivo é trazer tecnologia para o Brasil para formar centros de recuperação
De acordo com Mara, o objetivo do teste com o equipamento, que foi feito em um encontro com profissionais da área, entre segunda e quarta-feira (24 e 26/4), é viabilizar uma parceria que possibilite a inserção do equipamento nos tratamentos de recuperação de pessoas com mobilidade reduzida. Inicialmente, a tecnologia seria usada para uma pesquisa pioneira em São Paulo.
Depois, a parlamentar pensa em expandir o uso do equipamento para todos os brasileiros por meio de “walk centers, locais que funcionariam como centros de condicionamento físico ou de ginástica voltados às pessoas com e sem deficiência”.
“Esses centros seriam vinculados às universidades públicas, que já possuem estrutura tanto de reabilitação quanto para a prática esportiva”, detalha a senadora.
O projeto seria mais uma ampliação da atuação de Mara na defesa de melhor qualidade de vida para pessoas com deficiência: desde que se tornou tetraplégica, a parlamentar criou uma instituição para fomentar pesquisa para a cura de paralisias e para apoiar o esporte dessa parte da população.
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