Apesar de ter controlado a composição e estar próximo de ter um presidente e um relator amigáveis na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro, o governo demonstra preocupação com a composição da CPI do MST.
Além de não conseguir preenchê-la com aliados, o governo não conseguirá emplacar a relatoria. Estão no páreo para assumir cargos na mesa do colegiado os seguintes deputados: Kim Kataguiri (União-SP), Pedro Lupion (PP-PR) e os mais alinhados ao bolsonarismo, Evair de Melo (PP-ES) e o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) — favorito da bancada ruralista. A presidência do colegiado ficará com o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS).
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A instalação da CPI, que teve requerimento lido por Lira na quarta (26/4), foi alvo de críticas de integrantes do governo ligados ao assunto. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou as invasões promovidas pelo movimento, mas entende que a “eleição acabou” e que o colegiado poderá ser usado de palanque. Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, disse que não há objeto para criar CPI e que a instalação pode acirrar as relações no campo.
Além da comissão de inquérito para investigar motivações das ações do MST e eventuais financiadores, Lira leu outros dois requerimentos. O da CPI dos sites de apostas, para investigar manipulação de resultados de jogos, e a CPI das Americanas, para investigar as causas do rombo nas contas da empresa.
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