O ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fábio Wajngarten afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava sob efeito de remédios quando postou ataque as urnas nas redes sociais no ano passado. A declaração ocorreu após a oitiva de Bolsonaro, realizada nesta quarta-feira (26/4) pela Polícia Federal.
A oitiva durou pouco mais de duas horas e ocorreu na sede da corporação, em Brasília. De acordo com Wajngarten, Bolsonaro não percebeu à época o que tinha publicado nas redes sociais.
"Quando alertado por outro colega da devida postagem, o presidente (ex-presidente Bolsonaro) sequer sabia que tinha publicado. Quando alertado, removeu o vídeo", alegou Wajngarten.
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Bolsonaro depôs por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que um vídeo postado pelo ex-presidente nas redes sociais em 10 de janeiro deste ano liga ele aos atentados que ocorreram na capital, quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes.
As imagens colocavam em dúvida a integridade do resultado das eleições de 2022. Na ocasião da postagem, o militar da reserva estava nos Estados Unidos e tinha sido internado por problemas no intestino.
Despacho
Moraes determinou que o político fosse convocado para explicar se tem ligação com as depredações realizadas por vândalos que não aceitam o resultado das eleições. No despacho, Moraes destaca que o depoimento ainda não tinha sido autorizado pelo fato de Bolsonaro ter saído do país.
No entanto, com o retorno do ex-presidente, que estava nos Estados Unidos, o depoimento pôde ser colhido pela corporação. A acusação é de que o político teria incitado atos extremistas na capital do país. A investigação corre no Supremo.
Os envolvidos nos atentados respondem por diversos crimes, como associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, como emprego de violência e uso de material inflamável, e deterioração do patrimônio tombado.
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