Atos antidemocráticos

Ricardo Cappelli, ministro interino do GSI, é convocado para depor no Congresso

O requerimento de convocação foi aprovado na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Com isso, Cappelli tem a obrigação de comparecer à audiência, marcada para 16 de maio

Rafaela Gonçalves
postado em 25/04/2023 18:10 / atualizado em 25/04/2023 18:22
 (crédito:  Felipe Oliveira / SSP-DF)
(crédito: Felipe Oliveira / SSP-DF)

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (25/4), a convocação do ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, para prestar esclarecimentos sobre a atuação de agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), durante a invasão da sede dos três Poderes por golpistas, em 8 de janeiro.

O requerimento de convocação teve autoria do deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) e foi aprovado hoje pelo colegiado. Com isso, Cappelli tem a obrigação de comparecer à audiência, marcada para 16 de maio.

Segundo parlamentares de oposição, que formam maioria do colegiado, a convocação ocorreu para que o ministro interino não falte à comissão como aconteceu na última semana, quando o então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, era aguardado na audiência pública e apresentou um atestado médico em cima da hora para não comparecer.

A ausência ocorreu horas antes de G. Dias pedir demissão, após o vazamento de vídeos do circuito interno do Palácio do Planalto mostrando a atuação do general e de militares, que aparecem interagindo com os vândalos que depredaram o prédio. Até então, Gonçalves Dias havia alegado que as imagens em que aparece durante a invasão em 8 de janeiro estavam indisponíveis. O material, que aponta a falta de ação do dirigente, fez com que o general fosse o primeiro ministro do governo a deixar o cargo.

Cappelli assumiu o comando da pasta com a saída de Gonçalves Dias e agora deve prestar esclarecimentos sobre o conteúdo das gravações, entregues na íntegra para o Supremo Tribunal Federal (STF) neste fim de semana. O ministro declarou, no último domingo, que a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) vai revelar novos participantes, que serão “revelados e punidos”.

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