O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestará depoimento na Polícia Federal nesta quarta-feira (26/4) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro — que resultaram na depredação dos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto. A oitiva está prevista para começar às 14h, em Brasília.
O inquérito foi instaurado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O magistrado atendeu a uma recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou incitação por parte de Bolsonaro. Dias antes do ataque, o ex-chefe do Planalto publicou um vídeo, sem provas, afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi eleito, mas, sim, “escolhido por ministros do STF e TSE [Tribunal Superior Eleitoral]". A postagem foi apagada pouco tempo depois.
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Na representação feita ao Supremo, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, destaca que Bolsonaro pode ter participação intelectual nos ataques ao questionar o resultado eleitoral. “Não se nega a existência de conexão probatória entre os fatos contidos na representação e o objeto deste inquérito, mais amplo em extensão. Por tal motivo, justifica-se a apuração global dos atos praticados antes e depois de 8 de janeiro de 2023 pelo representado”, escreveu.
Esse é o segundo depoimento de Jair Bolsonaro desde que ele voltou ao Brasil, após três meses nos Estados Unidos. No início deste mês, ele depôs sobre o escândalo das joias da Arábia Saudita. O ex-presidente também é investigado em outros inquéritos sobre disseminação de fake news e milícias digitais.
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