Espanha

Lula aposta em acordo Mercosul-UE em 2023 e pede fim da guerra na Ucrânia

Sobre a guerra no leste europeu, o presidente caracterizou o conflito como "insano" e disse compreender a visão da União Europeia sobre a guerra que "jamais poderia ter acontecido"

Ingrid Soares
postado em 25/04/2023 18:49
 (crédito: Reprodução / TV Brasil)
(crédito: Reprodução / TV Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou nesta terça-feira (25/4) em Madrid, na Espanha. Ao discursar no Fórum Empresarial Brasil-Espanha, o chefe do Executivo disse esperar a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia ainda neste ano.

"O Brasil e os sócios do Mercosul estão engajados no diálogo para concluir as negociações com a União Europeia e esperamos ter boas notícias ainda neste ano. A feliz concordância de que o Brasil e a Espanha presidirão nossas reuniões aduaneiras no segundo semestre deste ano permitirá avanços substantivos para a conclusão do acordo. É um acordo muito importante para todos e queremos que seja equilibrado e que contribua para a reindustrialização do Brasil", apontou.

"Eu acho que a Espanha na presidência [do conselho da UE] poderá ajudar muito na conclusão desse acordo, que eu imaginava que ia ser feito no meu primeiro ano de mandato, em 2003, 2007, 2011 e esse acordo não foi feito. Eu espero que seja feito agora", emendou.

Sobre a guerra no leste europeu, o presidente caracterizou o conflito como "insano" e disse compreender a visão da União Europeia sobre a guerra que "jamais poderia ter acontecido".

"Numa guerra insana que é a guerra da Rússia e da Ucrânia. Uma guerra que eu compreendo perfeitamente bem como é que os meus amigos europeus veem a guerra. Uma guerra que jamais poderia ter acontecido, porque não pode se aceitar que um país invada a integridade territorial de outro país", completou.

"Mas uma guerra que também não tem ninguém falando em paz. E, às vezes, eu fico me perguntando: até quando essa guerra vai durar? Porque, se ninguém quiser construir a paz, e os dois lados, o que invadiu está reticente e o invadido também tem sua razão de estar reticente, eu fico me perguntando quem é que vai tentar resolver essa situação", continuou.

Lula reiterou que o Brasil segue "na tentativa de arrumar parceiros para que a gente possa trazer a paz". "Para que a Ucrânia possa ficar com o seu território, para que os russos fiquem com a Rússia, mas para que o mundo não sofra a falta de alimento, para que o mundo não sofra a falta de fertilizantes e para que o mundo volte a prosperar para gerar os empregos que a humanidade precisa", concluiu.

Encontro com lideranças sindicais

Lula e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, se reuniram nesta terça-feira em Madri, com lideranças sindicais espanholas do Sindicato Unión General de Trabajadoras y Trabajadores de España (UGT) e da Comisiones Obreras (CCOO).

Segundo o Planalto, o presidente e as centrais conversaram sobre a reforma trabalhista na Espanha, que recuperou direitos e lidou com a questão da melhora de condições de vida dos trabalhadores de aplicativos. Uma das conquistas dos trabalhadores espanhóis foi a obrigação de que as empresas abram os dados e parâmetros dos algoritmos das empresas.

 

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