Lisboa — Deputados do Chega, o partido de extrema direita de Portugal, interromperam o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia da República. Assim que o líder brasileiro começou a falar, os parlamentares exibiram cartazes com os dizeres “chega de corrupção” e começaram a bater nas mesas. Houve, então, uma resposta à altura: o plenário inteiro aplaudiu Lula longamente.
Diante da agressividade dos deputados do Chega, no entanto, o presidente da Assembleia, Augusto Santos Silva, pediu compostura aos parlamentares, alegando que a casa estava recebendo um chefe de Estado de uma nação irmã de Portugal. Lula voltou a falar, mas, sistematicamente, os deputados do Chega tentavam tumultuar, sendo contidos por aplausos a favor do petista.
Após o discurso, Lula também respondeu os parlamentares. O presidente disse que protesto foi "essa cena de ridículo" e um "papelão". "Mas quem faz política ta acostumado a isso. Eu acho que essas pessoas quando voltarem para casa e deitarem a cabeça no travesseiro vão falar que papelão nós fizemos", disse aos jornalistas.
O Chega tem a terceira bancada do Parlamento português e vem apresentado crescimento nas intenções de votos com o forte apoio de brasileiros, especialmente evangélicos, que vivem em Portugal. Além dos protestos no plenário, os parlamentares organizaram uma manifestação do lado de fora do Palácio de São Bento, uma joia da arquitetura portuguesa.
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