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Extrema-direita prepara protestos contra Lula hoje (25/4) em Portugal

O líder do Chega, André Ventura, afirmou que o descontentamento é em relação à posição de Lula sobre a guerra na Ucrânia

Renato Souza
postado em 25/04/2023 03:55
 (crédito: EVARISTO SA / AFP)
(crédito: EVARISTO SA / AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser alvo de protestos hoje, quando participará de sessão solene de boas-vindas na Assembleia da República, em Lisboa. O partido Chega, de extrema direita, preparou manifestação para o momento da solenidade. Nas redes sociais, mensagens fizeram apologia a atos violentos. As autoridades do país monitoram os riscos.

O líder do Chega, André Ventura, afirmou que o descontentamento é em relação à posição de Lula sobre a guerra na Ucrânia. Ele acusa o petista de desmerecer a luta do povo ucraniano ante as tropas russas. Nas visitas à China e aos Emirados Árabes, o chefe de Estado brasileiro culpou tanto a Ucrânia quanto a Rússia pela guerra. Depois tentou atenuar as declarações.

Apesar da oposição, Ventura ressaltou que qualquer ato de violência no protesto será coibido e que as autoridades do país europeu serão informadas se forem identificadas organizações para ataques violentos durante a presença de Lula.

"Estamos envolvendo centenas de pessoas, voluntários, e em contato regular com as autoridades policiais e de informações para garantir que não haverá violência no curso da manifestação. Serão identificados previamente todos os infiltrados que venham para provocar desacatos ou qualquer tentativa de agressão, ofensa ou violência contra as autoridades policiais ou políticas", declarou, em entrevista ao jornal Diário de Notícias.

O Chega está organizando uma cúpula conservadora a ser realizada no mês que vem, em Lisboa. O encontro deve atrair líderes de direita radical de vários países. Do Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos convidados para participar do evento.

Ventura destacou que a intenção do partido é fazer com que a imagem de oposição seja ampliada e que chame a atenção internacional, mas sem apelar para a radicalização. "A nossa manifestação é política, que se quer fazer audível e fazer- se sentir no país e no mundo de forma clara, mas repudia qualquer forma de violência e desacatos que possam ser provocados", reiterou.

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