Ruptura Política

Janones ataca deputado português que criticou medalha a Janja: 'Boca podre'

Deputado brasileiro criticou parlamentar português, líder da direita no pais lusitano, e lembrou os anos de colonização

Estado de Minas
postado em 24/04/2023 18:46 / atualizado em 24/04/2023 18:46
 (crédito: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados/AFP/PEDRO ROCHA /)
(crédito: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados/AFP/PEDRO ROCHA /)

O deputado federal André Janones (Avante-MG) atacou o deputado português André Ventura, líder do partido de direita “Chega”, por ele criticar a medalha concedida pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa à primeira-dama Janja Lula da Silva, no sábado (22/4). Na ocasião, ela foi agraciada com a Grão-Cruz da Ordem Infante D. Henrique, figura importante da expansão marítima portuguesa no século XV.

André Ventura chamou a honraria para Janja de "idiotice" e “subserviência” sem limites. Para ele a gratificação banaliza Portugal e seus símbolos. “Atribuir uma das ordens honoríficas mais importantes à mulher do presidente brasileiro só porque sim? Qual foi o serviço enorme prestado à Nação? Banalizar a Nação e os seus símbolos é um sinal evidente de decadência”, disse.

Janones respondeu lembrando que o Brasil foi subserviente a Portugal por quase 400 anos durante a colonização. O deputado brasileiro também ironizou ao ressaltar que o país tem crédito para “milhões” de medalhas como a que foi concedida. “Janja a recebeu em nome do povo brasileiro explorado por séculos. Até o dente de ouro dessa sua boca podre, deve ter saído daqui!”, rebateu.

Janja acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante agenda na Europa. A primeira parada do chefe do Executivo é em Portugal, onde ele desembarcou na sexta-feira (21/4). Lula visita o país lusitano com o intuito de estreitar laços e assinar acordos, mas encontra manifestações contrárias dos parlamentares locais de direita.

O 'Chega' convocou uma manifestação contra a visita do presidente Lula nesta terça-feira (25/4), em frente ao Legislativo português, em Lisboa. No dia da manifestação, o presidente será homenageado em uma sessão solene da Assembleia da República Portuguesa.

Lula deveria discursar em homenagem à Revolução dos Cravos, que marca o fim da ditadura militar em Portugal. No entanto, o parlamento português vetou a fala.

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