O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou nesta segunda-feira (24/4), não ver motivos para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro.
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Segundo o general, a comissão precisa ser conduzida "sem aquele clima de oba-oba, sem aquele clima de circo, sem aquele clima de bate-boca".
"No nosso caso, congressistas, precisamos apurar a invasão que houve aqui dentro do Congresso, esse é nosso principal mote para a CPMI. Independente do Planalto, STF que foi invadido, o Congresso as duas casas foram invadidas. Esse é o grande argumento para instalação dessa comissão mista. Não vejo razão para chamar o presidente Bolsonaro, que no próprio inquérito que vem sendo conduzido no STF não foi chamado em nenhum momento. Estava fora do país", alegou Mourão em entrevista à CNN.
"A minha visão é que houve uma grande arruaça. Vários arruaceiros devidamente identificados, sendo qualificados no inquérito e denunciados. Nós vamos procurar esclarecer porque o aparato de segurança não foi acionado", completou.
Mourão também criticou a escolha de Ricardo Capelli para o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ironizando que o mesmo "entende tanto de segurança nacional ou pública quanto eu de física quântica".
"Acho que a escolha tem que ser em alguém capacitado para essa atividade, que normalmente é um militar, mas existem civis com essa capacitação. Agora o senhor Ricardo Cappelli, eu deixo muito claro que ele entende tanto de segurança nacional ou pública quanto eu de física quântica", concluiu.
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