100 dias na prisão

Defesa cita estado de saúde de Torres e pede à PF que depoimento seja adiado

A oitiva, que está marcada para as 14h desta segunda-feira (24/4), quer tratar da possível atuação de Torres junto à PRF para impedir que eleitores de Lula chegassem às urnas no segundo turno das eleições

Victor Correia
postado em 24/04/2023 11:01 / atualizado em 26/04/2023 13:10
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

A defesa pediu o adiamento do depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, à Polícia Federal, que está marcado para esta segunda-feira (24/4), como antecipou Ana Maria Campos, na edição de hoje do Correio.

Segundo os advogados, o estado emocional e cognitivo de Torres "sofreu uma drástica piora", e um laudo da Secretaria de Saúde do DF feito no sábado (22) atestou que o ex-secretário está impossibilitado de participar de audiências por uma semana, devido a "questões médicas".

Torres tem depoimento marcado à PF para hoje, às 14h, no âmbito do inquérito que investiga a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições para impedir que eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegassem às urnas.

Segundo investigação da PF, Anderson Torres, então ministro da Justiça do governo Bolsonaro, foi pessoalmente à Bahia angariar o apoio da PRF para a realização de operações, mirando eleitores de Lula, apesar de proibição determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também teria produzido um documento de inteligência com as regiões onde o petista venceu no primeiro turno, para basear as operações.

O laudo realizado pela Secretaria de Saúde do DF aponta que Torres está deprimido, tomando medicação e que emagreceu cerca de 10kg desde que foi preso. O ex-secretário completa hoje 100 dias na prisão, suspeito de omissão frente aos ataques terroristas de 8 de janeiro, na capital federal. Segundo integrantes da defesa, o documento aponta, inclusive, risco de suicídio.

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