A defesa pediu o adiamento do depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, à Polícia Federal, que está marcado para esta segunda-feira (24/4), como antecipou Ana Maria Campos, na edição de hoje do Correio.
Segundo os advogados, o estado emocional e cognitivo de Torres "sofreu uma drástica piora", e um laudo da Secretaria de Saúde do DF feito no sábado (22) atestou que o ex-secretário está impossibilitado de participar de audiências por uma semana, devido a "questões médicas".
Torres tem depoimento marcado à PF para hoje, às 14h, no âmbito do inquérito que investiga a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições para impedir que eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegassem às urnas.
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Segundo investigação da PF, Anderson Torres, então ministro da Justiça do governo Bolsonaro, foi pessoalmente à Bahia angariar o apoio da PRF para a realização de operações, mirando eleitores de Lula, apesar de proibição determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também teria produzido um documento de inteligência com as regiões onde o petista venceu no primeiro turno, para basear as operações.
O laudo realizado pela Secretaria de Saúde do DF aponta que Torres está deprimido, tomando medicação e que emagreceu cerca de 10kg desde que foi preso. O ex-secretário completa hoje 100 dias na prisão, suspeito de omissão frente aos ataques terroristas de 8 de janeiro, na capital federal. Segundo integrantes da defesa, o documento aponta, inclusive, risco de suicídio.
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