Lisboa — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que só resolverá a situação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) quando retornar ao Brasil, na quinta-feira que vem (27/4). “É uma decisão importante, que vou tomar quando voltar”, disse. Antes de o líder brasileiro embarcar para Portugal, onde participa de uma reunião de cúpula com representantes do país europeu, o general Gonçalves Dias se demitiu da chefia do GSI. Vídeos do sistema de segurança do Palácio do Planalto mostraram o general circulando entre os terroristas que depredaram a sede do governo em 8 de janeiro.
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Segundo o ministro José Múcio Monteiro, da Defesa, Lula e Gonçalves Dias são muito amigos. O militar participava da equipe de segurança do presidente antes de ele ser eleito. “Estamos falando de uma amizade construída há mais de 20 anos”, disse. De qualquer forma, a permanência do ex-chefe do GSI ficou insustentável. Agora, reconheceu o ministro, será preciso concluir todas as investigações para que todos os pontos sejam esclarecidos. O governo não quer deixar dúvidas sobre quem são os culpados pela tentativa de golpe que resultou na destruição, além do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso.
O presidente afirmou, ainda, que não cabe ele opinar sobre a decisão da Câmara e do Senado de levar adiante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro. “Não voto na Câmara, não voto no Senado. Portanto cabe ao Congresso decidir sobre isso”, assinalou. O governo vinha se mostrando contrário à CPI, mas passou a apoiar as investigações depois da divulgação dos vídeos envolvendo o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
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