O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Marco Edson Gonçalves Dias prestará depoimento nesta sexta-feira (21/4) para a Polícia Federal. A oitiva acontece após ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou, nesta quinta-feira (20/4), um prazo de até 48h para o procedimento.
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GDias, como é conhecido, se demitiu do cargo na última quarta-feira, depois de ser flagrado em gravações do circuito interno do Palácio do Planalto orientando os extremistas que invadiram e depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro.
No mesmo documento, Moraes também determinou que a PF informe se cumpriu a decisão anterior sobre a obtenção de todas as imagens de câmeras do Distrito Federal que registraram os ataques, inclusive o circuito de monitoramento do Palácio. O ministro ordenou que todos os militares que aparecem nas gravações sejam identificados.
O general decidiu se demitir após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista já havia sido aconselhado por aliados a exonerar o GSI. Na manhã dessa quarta-feira, a CNN divulgou gravações das câmeras de segurança do Palácio do Planalto, mostrando que o ex-ministro-chefe e outros oficiais do órgão estavam circulando pelo edifício em meio à invasão dos bolsonaristas.
GDias é o 1º chefe de pasta a cair na gestão Lula. Horas depois do escândalo, ele informou que faltaria ao depoimento marcado na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Ele prestaria esclarecimentos sobre as ações de sua pasta durante os atos antidemocráticos. Como justificativa, o ex-ministro apresentou um atestado médico e se colocou “à disposição para agendamentos futuros".
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