Meio Ambiente

Lula aponta compromisso de reflorestar 12 milhões de hectares na Amazônia

Em indireta a Jair Bolsonaro, presidente Lula disse que o Brasil voltará a reduzir o desmatamento apesar dos danos da antiga gestão. Petista destacou ainda que a meta ambiental é o desmatamento zero

Ingrid Soares
postado em 20/04/2023 12:10
Reunião virtual do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima reúne as 26 lideranças das maiores economias do mundo -  (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
Reunião virtual do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima reúne as 26 lideranças das maiores economias do mundo - (crédito: Reprodução/Redes Sociais)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (20/4) que sua gestão tem o "compromisso de reflorestar 12 milhões de hectares" da Amazônia. E disse que está fortalecendo investimentos em bioeconomia, “assegurando trabalhos dignos e sustentáveis para os 25 milhões de brasileiros que vivem na região”. A declaração ocorreu durante reunião virtual do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima, que reúne as 26 lideranças das maiores economias do mundo, incluindo os Estados Unidos.

“Temos o compromisso de reflorestar 12 milhões de hectares, e estamos fortalecendo os investimentos em bioeconomia, assegurando trabalhos dignos e sustentáveis para os 25 milhões de brasileiros que vivem na região”, apontou.

Lula destacou ainda que a resposta ao desafio climático depende da ação coordenada de todos os países. “O Brasil está fazendo a sua parte, e vai avançar ainda mais nos esforços para mitigar os efeitos da mudança do clima”, pontuou.

O petista alegou ainda que o Brasil possui a matriz energética “mais limpa do planeta”. “Mais de 80% da nossa eletricidade provêm de fontes renováveis: hidrelétrica, eólica, solar, etanol e biomassa. E vamos aumentar essa proporção, com a instalação de novos parques de geração de energia solar e eólica. Continuaremos também a investir em soluções como a agricultura de baixo carbono, infraestrutura verde e biocombustíveis.”

Em indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o chefe do Executivo disse que o país foi capaz de reduzir o desmatamento da Amazônia em mais de 80% ao longo de uma década, e que isso voltará a ser feito e que "os erros serão revertidos" apesar dos danos da antiga gestão. Lula apontou também que a meta é o desmatamento zero.

“Os danos ao meio ambiente causados pelo governo anterior serão revertidos. Para tanto, retomamos o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, que em passado recente foi responsável pela queda recorde na devastação da floresta. Nossa meta é o desmatamento zero.”

Nova agenda amazônica

Lula completou dizendo que, em agosto, reunirá os líderes dos oito países amazônicos com o objetivo de impulsionar uma nova agenda comum para a Amazônia. “Reafirmaremos a nossa disposição para trabalhar conjuntamente em projetos de maior alcance, que protejam o bioma e promovam o seu desenvolvimento sustentável.”

Por fim, citou a candidatura de Belém para sediar a COP30 em 2025. “Também trabalharemos com países que detêm florestas tropicais na África e na Ásia. Como sinal de comprometimento, apresentamos a candidatura de Belém, na região amazônica, para sediar a 30ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP30, em 2025”, reforçou.

Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que pedirá ao Congresso norte-americano a doação de US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia pelos próximos cinco anos. O valor é 10 vezes maior do que o previsto inicialmente, de US$ 50 milhões. Caso o valor seja aprovado, o país será um dos maiores doadores do fundo, destinado à proteção da região amazônica, atrás da Noruega e da Alemanha, respectivamente.

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