O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, frisou nesta quinta-feira (20/4) que "a polícia vai buscar um a um" os responsáveis por ameaças e tentativas de ataques a escolas. Em duro discurso durante coletiva de imprensa sobre a Operação Escola Segura, iniciada após os casos de ataques com vítimas fatais, Dino citou que grupos nazistas são os maiores responsáveis pela divulgação de ameaças.
"Quem ameaça destruir uma escola, ameaça uma criança um adolescente, uma família, obviamente não está protegido pela Constituição, e está, sim, no âmbito do Código Penal. E a polícia vai buscar um a um, porque a determinação é esta. E nós vamos cumprir", frisou Dino durante a coletiva.
"Nós não vamos permitir que se instale terrorismo, de inspiração em outros países. Qualquer que seja essa ideologia. Nós não vamos permitir. Nós vamos continuar a agir até nós combatermos e debelarmos um a um esses agrupamentos extremistas que estão querendo fazer terrorismo contra as crianças, contra os adolescentes e contra a educação", declarou ainda o ministro. Os Estados Unidos são o país com maior número de casos de massacres e violência em escolas.
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De acordo com a operação, foram realizadas 302 prisões desde o dia 5 de abril por ataques, tentativas e ameaças a escolas. Atuam na iniciativa 4.253 policiais. "Se essa gente insistir, nós vamos botar 10 mil. Se insistir, vamos botar 20 mil. Vamos botar o número que for necessário", enfatizou o ministro.
"Poucos, mas perigosos"
Segundo Dino, grande parte das ameaças de ataques parte de grupos nazistas e neonazistas, espalhadas de forma difusa pelo país. "São poucas pessoas, mas são pessoas muito perigosas", frisou. O chefe da pasta destacou ainda que o pensamento extremista é o mesmo que disseminou notícias falsas em relação à vacinação, e que contribuiu para derrubar os índices de imunidade entre as crianças.
O ministro da Justiça frisou ainda que o governo monitora a situação das escolas tanto hoje, data citada pelos grupos em ameaças de ataques, quanto nos próximos dias. Até o momento, não há motivo para preocupação, segundo Dino.
"Pode ter um ou outro que ainda tenha essa ideia. Quero avisar a todos que fizemos 302 prisões. Se for preciso fazer mil, faremos, porque o poder Judiciário também está sensível a essa realidade, que não é brincadeira, não é piada", pontuou o ministro. "Quantas famílias hoje deixaram de enviar seus filhos às escolas? Milhares. Por causa de uma minoria de extremistas que não quer se adequar às regras da democracia. Pois a democracia exige força", completou.
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